Uma Pequena Ideia...
A Teoria da Evolução descreve o desenvolvimento das espécies
que habitavam ou habitam o planeta Terra.
Assim, as espécies atuais descendem de outras espécies que
sofreram modificações ao longo do tempo e transmitiram novas características
aos seus descendentes.
Charles Darwin, autor de "Origem das Espécies"
(1859) é um dos grandes nomes sobre teorias relacionadas ao evolucionismo. A
sua teoria baseia-se na seleção natural das espécies e é aceita até hoje.
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QUAIS SÃO AS TEORIAS DA EVOLUÇÃO ?
Quando nos referimos à evolução das espécies, as teorias criadas baseiam-se em duas vertentes:
CRIACIONISMO
As forças divinas são responsáveis pelo surgimento do planeta e de todas as espécies existentes. Nesse caso, não houve nenhum processo evolutivo e as espécies são imutáveis. Essa teoria relaciona-se com questões religiosas.
EVOLUCIONISTA
Propõe a evolução das espécies por meio da seleção natural conforme ocorrem as mudanças ambientais.
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CRIACIONISMO
A Teoria da Criação ou "Criacionismo" aponta para a origem do Universo e da vida através de explicações mítico-religiosas, as quais não estariam sujeitas às evoluções ou transformações ocorridas na evolução das espécies e sim de um Criador.
O criacionismo destaca-se como oposta à ciência evolutiva, sendo discutido por diversas civilizações e gerando diversas hipóteses acerca da criação do mundo, sendo que cada religião o abordou de diferentes maneiras.
O criacionismo está intrinsecamente ligado às religiões, sendo baseado na existência de um ser antropomórfico dotado de grandes poderes e conhecimentos divinos.
O exemplo mais conhecido da teoria criacionista está presente na doutrina cristã, que afirma ter sido Deus o criador do Universo, do planeta Terra e de todos os seres vivos. Segundo o livro de Gênesis na Bíblia, o livro sagrado para os cristãos, Deus teria criado o homem a partir do barro, a sua imagem e semelhança, dando-lhe vida com um sopro nas narinas.
No entanto, vale ressaltar que cada cultura e religião possui versões próprias do criacionismo, de acordo com as mitologias de cada povo.
Os gregos, por exemplo, acreditavam que o ser humano e a Terra teriam sido obra dos titãs Epimeteu e Prometeu, enquanto que a mitologia chinesa conta a lenda da criação do mundo a partir da solitária deusa Nu Wa.
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CRIACIONISMO CIENTÍFICO
A partir do século XX, com o advento do protestantismo fundamentalista das religiões baseadas no cristianismo, surgiu o chamado "criacionismo científico", uma corrente que defende a veracidade da ideia de criação divina relatada na bíblia, criticando e atacando os argumentos do evolucionismo.
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Em 1735, Lineu publicou o livro Systema Naturae, no qual
apresentava determinadas regras capazes de padronizar a forma de nomear
espécies. Tais sugestões foram amplamente aceitas e são utilizadas até hoje.
Esse sistema compreende as seguintes características:
Todo ser vivo possui um nome científico.
Todo nome científico é composto por duas
palavras. A primeira se refere ao Gênero da espécie, e o segundo, ao epíteto
(ou nome) específico, que é o que caracteriza a espécie em questão.
O epíteto específico pode se referir a uma
característica própria daquele indivíduo, como a sua localização, organização
corporal, dentre outros; ou mesmo uma homenagem a algum cientista, personagem,
etc.
Os nomes científicos, quando escritos, devem
estar destacados em itálico. Em casos em que os nomes estejam sendo redigidos à
mão; ou em outras situações nas quais utilizar o itálico se apresente inviável,
tais nomenclaturas devem estar grifadas.
A primeira letra do nome científico deve ser
apresentada em maiúsculo e a primeira letra do epíteto específico, em minúsculo.
A partir da segunda vez que se escreve o nome de
determinada espécie, o Gênero pode se apresentar abreviado. Ex: Cachorro - Canis familiaris - C. familiaris.
Em algumas situações, quando o cientista não
conseguiu, ainda, identificar a que espécie um determinado indivíduo pertence,
ou quando não é de interesse que esta seja explicitada; ele utiliza, após o
nome do Gênero, o termo sp., na
Zoologia; ou spec., na Botânica.
Tanto um como outro não devem ser colocados em itálico, ou mesmo sublinhados; e
devem estar acompanhados de um ponto final: Hypsiboas
sp. (perereca pertencente ao Gênero Hypsiboas); Hypsiboas goianus (perereca-de-pijama).
Observação: há casos em que indivíduos são, ainda, divididos
em subespécies, como é o caso das tartarugas gigantes de Galápagos (Chelonoidis nigra abingdoni, C. nigra hoodensis, etc.). Nestas situações,
valem as mesmas regras, sendo que tanto o epíteto específico quanto o epíteto subespecífico devem apresentar todas as
letras em minúsculo.
Considerando que uma única espécie pode receber diversos
nomes vulgares, a nomenclatura biológica se torna uma importante ferramenta de
comunicação entre cientistas e sociedade em geral, já que padroniza as
informações referentes a indivíduos de uma espécie.
Alguns nomes científicos:
Ser humano - Homo
sapiens
Leão - Panthera leo
Tigre - Panthera
tigris
Barata-americana - Periplaneta
americana
Milho - Zea mays
Ipê-amarelo - Tabebuia
alba
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JEAN-BAPTISTE DE LAMARCK
Jean-Baptiste de Lamarck foi um naturalista francês responsável pelas primeiras teorias sobre a evolução dos seres vivos. Ele nasceu no dia 1 de agosto de 1744, na cidade de Bazantin, na França. Faleceu em 28 de dezembro de 1829, sem o reconhecimento de suas ideias.
Pesquisando sobre moluscos, Lamarck começou a pensar nas mudanças que ocorrem com as espécies ao longo do tempo.
As suas ideias foram apresentadas em 1809, com a publicação "Philosophie zoologique". Isso 50 anos antes da "Origem das Espécies", publicação de Darwin.
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LAMARCKISMO
O naturalista francês Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829) foi muito importante para o desenvolvimento das ideias evolucionistas, tendo publicado o livro "Filosofia Zoológica" com suas conclusões em 1809. O conjunto de suas teorias é denominado de “Lamarckismo”.
LEI DO USO E DESUSO
A lei do uso e desuso é resultado da observação de Lamarck de que certos órgãos podem se desenvolver mais se forem mais usados. Ao mesmo tempo, outros ficam atrofiados se não forem usados.
Um exemplo clássico da lei do uso e desuso é sobre o pescoço das girafas. Elas teriam a necessidade de alcançar folhas mais altas nas árvores. Para isso, esticavam mais o pescoço, desenvolvendo a musculatura, levando ao seu aumento.
LEI DA TRANSMISSÃO DOS CARACTERES ADQUIRIDOS
Essa premissa complementa a primeira, do uso e desuso. Lamarck acreditava que as características adquiridas eram transmitidas de geração em geração, tornando as espécies mais adaptadas ao ambiente.
Por exemplo, as girafas que aumentavam o pescoço com a necessidade de buscar folhas cada vez mais altas nas árvores, passavam essas características para os descendentes.
Assim, ao longo de sucessivas gerações, as girafas "pescoçudas" se tornavam mais adaptadas ao ambiente.
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IMPORTÂNCIA DAS IDEIAS DE LAMARCK
Lamarck foi muito importante para o desenvolvimento das
teorias evolucionistas, uma vez que naquela época, dominavam as ideias fixistas
ou criacionistas.
Acreditava-se, por exemplo, que o número de espécies era
fixo e definido no momento da criação por Deus. As espécies eram consideradas
imutáveis.
No entanto, com o interesse crescente pelas ciências
naturais, a observação dos fenômenos pelos naturalistas levou-os a questionar a
imutabilidade das espécies.
Lamarck acertou ao analisar a importância das espécies se
adaptarem ao meio em que vivem e por acreditar que os fósseis eram um registro
da evolução dos seres.
No entanto, suas ideias falham ao afirmar que as
características adquiridas durante a vida podem ser transmitidas aos
descendentes.
Hoje sabemos que isso não ocorre, graças aos estudos
genéticos. Essas características chamadas de fenótipos, são provocadas por
fatores do ambiente e não podem ser transmitidas geneticamente.
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DARWINISMO
A teoria da evolução das espécies tem como principal
articulador o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882) sendo o conjunto
de suas teorias evolutivas nomeada de "Darwinismo".
Darwin afirmou que os seres vivos, inclusive o homem,
descendem de ancestrais comuns, que modificam-se ao longo do tempo. Assim, as
espécies existentes foram evoluindo de espécies mais simples que viveram
antigamente.
A seleção natural foi o princípio utilizado por Darwin para
defender a sua teoria. Desse modo, somente as espécies adaptadas às pressões do
ambiente, são capazes de sobreviver, se reproduzir e gerar descendentes.
A partir de suas observações e pesquisas, as principais
ideias de Darwin foram:
Indivíduos de uma mesma espécie apresentam diferenças entre
si, resultado de variações entre as suas características;
Indivíduos com características vantajosas às condições do
ambiente possuem mais chances de sobreviver do que aqueles que não apresentam
tais características;
Indivíduos com características vantajosas também possuem
mais chances de deixar descendentes.
Quando falamos da teoria da evolução de Charles Darwin não
podemos deixar de mencionar outro personagem, o naturalista britânico Alfred
Russel Wallace (1823-1913). Ele desenvolveu uma teoria semelhante à de Darwin
sobre a evolução das espécies.
Wallace enviou a Darwin os seus manuscritos e em 1858 a
teoria da evolução foi publicada no nome dos dois naturalistas. Porém, por
Charles Darwin ser mais reconhecido, acabou por receber o mérito e prestígio de
criador da teoria.
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As ilhas Galápagos foram fundamentais para os estudos de Charles Darwin: nesta região afastada, pertencente ao Equador, o inglês observou parte das espécies que inspiraram sua revolucionária Teoria da Evolução.
Darwin, cujo bicentenário é comemorado no dia 12 de fevereiro, chegou às ilhas Galápagos em 1835, quando tinha 26 anos, em uma expedição a bordo do navio "HMS Beagle".
Suas observações nesse arquipélago -distante 1.000 km do litoral equatoriano- foram determinantes na divulgação, duas décadas depois, de sua obra-prima, "A Origem das Espécies".
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LAMARCKISMO E DARWINISMO
Enquanto o Lamarckismo refere-se às ideias de Lamarck, o Darwinismo corresponde ao conjunto de estudos e teorias desenvolvidos pelo naturalista inglês Charles Darwin.
Em comum, os dois naturalistas buscaram compreender os mecanismos da evolução dos seres vivos.
Como vimos, as teorias de Lamarck falharam ao considerar que o maior uso de um órgão irá desenvolvê-lo e que essas características adquiridas ao longo da vida seriam transmitidas aos descendentes.
As ideias de Darwin consideravam que qualquer espécie animal, inclusive o homem, evolui a partir de formas mais simples, em resultado da necessidade de melhor adaptação ao seu ambiente.
Ele baseou sua teoria da evolução a partir do que chamou de Seleção Natural. Ela afirma que o ambiente atua selecionando as características mais favoráveis dos seres vivos, em detrimento de outras.
Posteriormente, os estudos de Darwin foram apoiados com as descobertas da genética e originaram a Teoria Sintética ou Moderna da Evolução, também chamada de Neodarwinismo.
Atualmente, o neodarwinismo é a teoria aceita pela ciência para explicar a evolução dos seres vivos.
Atualmente, o neodarwinismo é a teoria aceita pela ciência para explicar a evolução dos seres vivos.
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TEORIA SINTÉTICA DA EVOLUÇÃO - NEODARWINISMO - NOVA SÍNTESE
A Teoria Sintética da Evolução ou Neodarwinismo foi
formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos, tomando como
essência as noções de Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções
atuais de genética. A mais importante contribuição individual da Genética,
extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito antigo de herança
através da mistura de sangue pelo conceito de herança através de partículas: os
genes.
A teoria sintética considera, conforme Darwin já havia
feito, a população como unidade evolutiva. A população pode ser definida como
grupamento de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem em uma mesma área
geográfica, em um mesmo intervalo de tempo.
Para melhor compreender esta definição, é importante
conhecer o conceito biológico de espécie: agrupamento de populações naturais,
real ou potencialmente intercruzantes e reprodutivamente isolados de outros
grupos de organismos.
Quando, nesta definição, se diz potencialmente intercruzantes,
significa que uma espécie pode ter populações que não cruzem naturalmente por
estarem geograficamente separadas. Entretanto, colocadas artificialmente em
contato, haverá cruzamento entre os indivíduos, com descendentes férteis. Por
isso, são potencialmente intercruzantes.
A definição biológica de espécie só é válida para organismos
com reprodução sexuada, já que, no caso dos organismos com reprodução sexuada,
já que, no caso dos organismos com reprodução assexuada, as semelhanças entre
características morfológicas é que definem os agrupamentos em espécies.
Observando as diferentes populações de indivíduos com
reprodução sexuada, pode-se notar que não existe um indivíduo igual ao outro.
Exceções a essa regra poderiam ser os gêmeos univitelínicos, mas mesmo eles não
são absolutamente idênticos, apesar de o patrimônio genético inicial ser o
mesmo. Isso porque podem ocorrer alterações somáticas devidas à ação do meio.
A enorme diversidade de fenótipos em uma população é
indicadora da variabilidade genética dessa população, podendo-se notar que esta
é geralmente muito ampla.
A compreensão da variabilidade genética e fenotípica dos
indivíduos de uma população é fundamental para o estudo dos fenômenos
evolutivos, uma vez que a evolução é, na realidade, a transformação estatística
de populações ao longo do tempo, ou ainda, alterações na frequência dos genes
dessa população. Os fatores que determinam alterações na frequência dos genes
são denominados fatores evolutivos. Cada população apresenta um conjunto gênico,
que sujeito a fatores evolutivos, pode ser alterado. O conjunto gênico de uma
população é o conjunto de todos os genes presentes nessa população. Assim,
quanto maior é a variabilidade genética.
Os fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população
podem ser reunidos duas categorias:
- Fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da
população: mutação gênica, mutação cromossômica, recombinação;
- Fatores que atuam sobre a variabilidade genética já
estabelecida: seleção natural, migração e oscilação genética.
A integração desses fatores associada ao isolamento
geográfico pode levar, ao longo do tempo, ao desenvolvimento de mecanismos de
isolamento reprodutivo, quando, então, surgem novas espécies.
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OUTRAS FONTES DE PESQUISA
Toda Matéria - https://www.todamateria.com.br/teoria-da-evolucao/.
Mundo da Educação – Disponível em http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/.
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